quinta-feira, 18 de maio de 2006

Fotos e Vídeo do Ballet de Cuba

Se você não teve a oportunidade de ver de perto a turnê A Magia da Dança, do Ballet Nacional de Cuba, pode, ao menos, contentar-se com os "brindes" do blog. O álbum do flickr.com, na coluna da direita, está repleto de fotos da Companhia e, no link abaixo, você faz o download da impressionante bailarina Viegnsay Valdés e suas SEIS PIRUETAS NA PONTA após fazer 32 fouettés!!!!

Viegnsay Valdés faz os fouettés do Cisne Negro

Preste atenção na orientação de como puxar o arquivo: ao clicar no link acima, vai abrir uma outra janela. Quando isso acontecer, desça a barra de rolagem até encontrar a frase "DOWNLOAD THIS FILE". Daí, basta clicar em cima e esperar o download começar, ok?
O Jeito Cubano de Dançar

Dia 6 de maio, viajei de Fortaleza para Recife apenas para conferir o Ballet Nacional de Cuba. Valeu a pena!

Muito se ouve falar da companhia, mas poucos são os que realmente já conseguiram conferi-la de perto. Quem tem esse perfil, chega para assistir à turnê do Ballet de Cuba com várias expectativas: ver saltos explosivos, giros perfeitamente executados e muita energia em toda a ação. Quando as cortinas fecham, todas as histórias incríveis sobre bailarinos com super-habilidades acabam de se confirmar na frente dos olhos. É tudo verdade.
Numa época em que a dificuldade técnica na dança vem sendo banalizada com o intuito de impressionar juízes em festivais, ela chega aos palcos com outra cara. Deixa de ser exibicionismo para se apresentar como virtuosismo e, com isso, retoma a aura das obras do repertório clássico. Esse casamento entre técnica apurada e objeto artístico talvez só seja possível ali por ter conseguido agregar o mesmo valor humano e artístico de Alicia Alonso, a mestra que comanda a Companhia desde sua fundação em 1948.
Nossos olhos estão acostumados a encarar interpretações circenses e fracas de espírito. Por isso, ao ver “A Magia da Dança”, espetáculo que o grupo vem apresentando na turnê brasileira, nossos olhos brilham, não piscam e, por vezes, enchem d´água. A diferença é nítida e emociona desde Giselle, a primeira peça do programa. O segundo ato do famoso balé romântico ganhou uma nova interpretação e trouxe Willis realmente más e uma Giselle (Vingsay Valdés) extremamente sofrida, mas, ainda assim, apaixonada. Interessante perceber que não era só o rosto, mas todo o corpo, todo movimento que transmitia essa mensagem. Um ótimo início para a noite que apenas começa.
O espetáculo apresenta trechos de vários repertórios famosos: A Bela Adormecida, O Quebra-Nozes, Coppelia entre outros. Em cada cena, há sempre um pas-de-deux de referência na coreologia do balé, demonstrando a incrível habilidade dos bailarinos de mostrarem a desenvoltura a dois. Com o passar das peças, as apresentações crescem e parecem ficar ainda mais ricas.
O ápice dessa festa de talentos acontece quando Yanela Piñera e Ernesto Méjica surgem no palco como Mercedes e Espada, anunciando uma cena de Dom Quixote. Talvez porque a latinidade inerente aos corpos deles entre em ebulição da famosa peça do espanhol Cervantes. A sensualidade e a força do povo cubano se mostram muito claras ali, potencializando os movimentos. Destaque para a belíssima interpretação dos toureiros do corpo de baile, outra coisa difícil de ver em terras brasileiras: talentosos rapazes reunidos em um número extremamente bem ensaiado.
Daí para a frente, toda a apresentação continua no mesmo nível elevadíssimo, com o segundo ato de O Lago dos Cisnes e Sinfonia de Gottschalk, coreografia na qual o balé clássico se mistura aos ritmos cubanos e deixa os bailarinos livres para sorrirem sem fim, como numa exaltação à alegria de dançar. Belo final para uma bela noite.
Infelizmente, esse tipo de espetáculo - encenado como uma gala - tem inevitavelmente limitações. Vê-se pouco o trabalho do corpo de baile, ofuscado pelas estrelas que brilham nos pas-de-deux. Daí, as referências de qualidade acabam se voltando mais para aqueles que já são, naturalmente, os carros-chefe da casa, perdendo-se as referências de conjunto. Houve também a ausência da interpretação das variações (solos) de cada pas-de-deux – talvez para encurtar o programa, já bastante extenso. Os cenários - muito pobres - contrastavam com a riqueza de certos figurinos. Acabou ficando a dúvida: aqueles cenários são simples porque foram feitos para turnês ou todos os da Companhia são primários desse jeito por dificuldades financeiras em um país extremamente empobrecido?
Além disso, fica sempre a vontade de ver as obras completas, com todas as nuances. Esse sim é realmente o teste artístico-mor. Mas fica para a próxima. Por enquanto, deu para sentir como é o jeito cubano de fazer balé (e se inspirar também!). O Ballet de Cuba tem apresentações agendadas para os dias 19 e 20 em Porto Alegre, 22 e 23 em Curitiba e no dia 26 de maio em Belo Horizonte. Aproveitem. Ninguém sabe quando ele virá novamente (e, principalmente, se a grandiosa lenda, Alicia Alonso, ainda estará viva para acompanhar o grupo – é emocionante vê-la agradecendo com seus pupilos).

domingo, 7 de maio de 2006

Direto de Recife...

... me preparando para ver a apresentação do Ballet Nacional de Cuba. Altas expectativas. Alguém aí já viu? Depois posto meus comentários sobre o espetáculo! Até mais!

sábado, 6 de maio de 2006

Paquita - Vídeos

A cena do casamento de Paquita é um dos repertórios mais encenados por companhias em galas mundo afora. Neste trecho, a música é de Ludwig Minkus, o que pode nos fazer lembrar alguns trechos de Dom Quixote. Inclusive, muita gente enxerta alguns dos solos de Paquita quando resolve fazer montagens da obra de Cervantes. Para um leigo, acaba sendo difícil distinguir que aquela variação não faz parte de todo o conjunto. Você já assistiu ao corpo de baile deste balé? Gostaria de ver? Os links abaixo o levarão diretamente para os vídeos. É só esperar a nova página baixar e o vídeo também. Minha sugestão: logo quando a página carregar, procure o símbolo de PAUSE (aqueles dois tracinhos: II) no canto esquerdo da teliha do vídeo. Clique nele e só clique no PLAY (a setinha apontando pra direita) quando toda a faixa verde tiver sido completa. Essa faixa verde indica o progresso de download do vídeo. Quando ela vai de uma ponta a outra da telinha, significa que você vai poder assistir ao vídeo sem interrupção.
Então, siga a lista de links abaixo e passeie por trechos de um balé empolgante: Paquita!

segunda-feira, 1 de maio de 2006

Paquita - Fotos

Na coluna da direita, você pode conferir algumas fotos do balé Paquita. Há cenas do balé completo e outras do famoso trecho encenado em variadas galas. Para ver todas as fotos, basta clicar em cima de alguma delas que você será redirecionado para o site de hospedagem. Espero que gostem!

Paquita - Libreto

Músico: Edouard-Marie-Ernest Delvedez e Ludwig Minkus
Libreto: Joseph Mazilier e Pierre Foucher
Coreografia: Pierre Lacotte, após a versão original de Joseph Mazilier e Marius Petipa.
Estréia: Paris, Teatro Imperial ( atual Ópera de Paris ) em 01/04/1846.
Bailado em dois atos e três cenas.

ATO I:

Cena 1: No entorno de Saragoza, cidade espanhola. O General de Hervilly inaugura um monumento em homenagem a seu irmão, que foi assassinado, em 1795. Acredita-se que sua mulher e sua filha também tenham sido mortas no mesmo episódio. Na celebração pelo monumento, o povo da cidade dança. O governador tenta aproximar sua filha de Lucien, filho do General. Chegam os ciganos, que se apresentam para os nobres. Entre eles, está Paquita e Inigo, o chefe dos ciganos. A jovem dança e troca olhares com Lucien. Ao final do número, Inigo manda Paquita passar o chapéu para recolher alguns trocados. No entanto, ela se mostra incomodada. Inigo ameaça bater-lhe e Lucien a protege. O cigano percebe o interesse dele pela moça e teme perdê-la, afinal ela é a cigana mais bonita, a que arrecada mais dinheiro quando dança. O governador também teme que o plano de casar o jovem com sua filha seja perturbado. Paquita e Lucien encontram-se a sós e ele pede a ela que fuja com ele. Ela, assustada, não aceita. Todos se retiram e Lucien diz que irá depois, porque os ciganos darão uma festa em sua homenagem. Enquanto isso, Inigo e o governador estão tramam a morte de Lucien, combinando usar Paquita para atraí-lo.

Cena 2: O Esconderijo de Inigo. Paquita está encantada com Lucien. Ela percebe a chegada do governador e se esconde. A jovem escuta a conversa dele com Inigo. Eles combinam de colocar veneno na bebida de Lucien, que deve chegar em breve, atraído por Paquita. Nervosa em seu esconderijo, ela faz barulho. Inigo a surpreende, mas ela o convence de que acaba de chegar ao local. Entra Lucien, que pede abrigo a Inigo. Paquita tenta avisá-lo, por sinais, de que corre perigo. Inigo pede que Paquita prepare a refeição. Daí, então, Lucien se dá conta do perigo. Durante o jantar, Paquita mostrará o que ele pode beber ou não. Ao chegar a bebida envenenada, Paquita derruba uns pratos e, na confusão, ela troca os copos. Logo depois, Inigo adormece. O casal foge para o palácio do General de Hervilly, pois os guardas do governador logo chegariam para matar Lucien.

ATO II:

Cena 3: O Palácio do General de Hervilly. Ao chegar no lugar, Paquita e Lucien contam o que o governador tramou com Inigo. O General manda prendê-lo. Lucien anuncia o desejo de casar com Paquita. Ela reluta e, ao se afastar de Lucien, percebe que o retrato do irmão falecido do General é o mesmo do camafeu que ela carrega desde criança. Paquita, então, entende ter sobrevivido ao ataque que matou seu pai, tendo sido tomada para ser criada com os ciganos. Feliz com o reencontro, o General manda celebrar o casamento de Lucien e Paquita.