quarta-feira, 23 de julho de 2008

FORTALEZA NO MAPA
Thiago Soares vem para cá


Desculpem o bairrismo, mas ele se explica com o simples fato de ser raríssimo termos grandes estrelas do balé se apresentando por estas terras. O principal motivo é a falta de um palco adequado para uma grande companhia. Acontece que o espetáculo de Thiago é uma gala e, por conta disso, o bailarino estará aqui, dia 25 de agosto, com outras estrelas internacionais, para uma apresentação no Theatro José de Alencar!

Estou eufórica! É difícil até de acreditar, mas tá aí o release para vocês verem como é de verdade!!! O espetáculo passa ainda pelo Rio de Janeiro, por Salvador, Belo Horizonte, Brasília e São Paulo.


THIAGO SOARES
AND FRIENDS NO BRASIL
Estrela do Royal Ballet de Londres, o brasileiro Thiago Soares é, sem dúvida, uma das principais revelações do balé clássico mundial nas últimas décadas. Tendo iniciado sua carreira no Ballet do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, ainda bastante jovem, foi convidado a integrar os quadros da celebrada companhia inglesa apenas quatro anos depois.
Thiago se juntou à Dell´Arte Soluções Culturais para a realização de um espetáculo especial, que traz para os palcos brasileiros, além de Thiago, nomes como a nova estrela do Royal Ballet, Marianela Nuñez, além de outros astros da dança internacional como Alicia Amatriain, Laura Morera, Jason Reilly, Ricardo Cervera, David Makhateli e Natalia Kremen.
Thiago Soares & Friends no Brasil será visto no Theatro Municipal do Rio de Janeiro no dia 18 de agosto; no Teatro Cláudio Santoro de Brasília no dia 21 de agosto; no Teatro Castro Alves, em Salvador, no dia 22 de agosto; no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, no dia 23 de agosto; no Teatro José de Alencar, em Fortaleza, dia 25 de agosto; e no Theatro Municipal de São Paulo no dia 26 de agosto.

O Espetáculo
Magia e encantamento: duas palavras que se aplicam perfeitamente ao mundo da dança, especialmente ao do balé clássico. Nada mais eletrizante do que assistir à performance de bailarinos brilhantes encarnando as personagens de contos de fada, recriando os grandes momentos dos balés que embalaram os sonhos de crianças e de adultos. Contar um pouco da história da dança universal, trazendo para o público coreografias de estilos diferenciados – do clássico ao contemporâneo, pas-de-deux consagrados dividindo o mesmo programa com tangos argentinos, momentos eternizados nos palcos ao longo de centenas de anos, mostrados para o público em um mesmo espetáculo.

Thiago Soares, primeiro bailarino do Royal Ballet de Londres sugeriu o formato do espetáculo, um modelo hoje tradicional nas temporadas européias. Para acompanhá-lo foi feita uma seleção criteriosa de outras grandes estrelas da dança que iriam compor o “cast” do espetáculo. O próprio bailarino se encarregou de convidar alguns companheiros para dividirem com ele o palco. E foram surgindo os nomes: Alicia Amatriain, Laura Morera, Marianela Nuñez, Natalia Kremen, David Makhateli, Jason Reilly e Ricardo Cervera - todos eles astros de renome internacional, integrantes das mais prestigiosas companhias européias. Montado o elenco, o espetáculo ganhou seu nome: “Thiago Soares & Friends no Brasil”.

Segunda decisão: sacudir um pouco a poeira e inovar, trazendo, ao lado de números bastante conhecidos do público, outros inteiramente inéditos no Brasil, todos eles assinados por grandes coreógrafos.

Assim, definidos os bailarinos, foi nascendo o programa. Entre os primeiros números definidos estavam Les Bourgeois – uma coreografia de grande impacto feita por Ben VanCauwenberg, sobre música do grande Jacques Brel. Esta coreografia vem sendo apresentada por alguns dos melhores bailarinos da atualidade e Thiago recebeu de seu próprio autor o direito de apresentá-la durante três anos; Romeu e Julieta (Cena do Balcão) – uma das coreografias brilhantes de um dos maiores criadores de pas-de-deux das últimas décadas, o mago Leonid Lavrovsky; Tchaikovsky Pas-de-Deux – uma homenagem de George Balanchine, o maior nome da corrente de balé neo-clássico, à grande tradição do balé romântico; e A Buenos Aires – uma feliz criação de Gustavo Mollajoli sobre música de Astor Piazzola, dedicada ao bailarino Julio Bocca, que com ela conquistou a Medalha de Ouro no Concurso Internacional de Dança de Moscou.

Os bailarinos
Thiago Soares e Marianela Nuñez
– partners habituais, são mais novos primeiros bailarinos do Royal Ballet de Londres e têm se apresentado como convidados nos principais teatros do mundo. Unidos em cena, acabaram levando a paixão para a vida real, onde formam um simpático casal. Thiago nasceu no Rio de Janeiro e sua primeira experiência foi com a “street dance”. Começou na dança clássica no Centro de Dança Rio, onde foi descoberto e convidado, em 1998, a integrar o quadro de bailarinos do Theatro Municipal. Foi um ano muito especial, que o viu também conquistar a Medalha de Prata do Concurso Internacional de Dança de Paris. O ouro viria em 2001, no Concurso Internacional de Dança de Moscou. No ano seguinte arrumava as malas. Destino: Royal Ballet de Londres.
Marianela é filha de Buenos Aires, onde cursou a Escola de Balé do Teatro Colón. Começou a vida profissional excursionando com Maximiliano Guerra e o Ballet do Colón. Em 1997 segue para Londres, onde freqüenta a Escola do Royal Ballet, cuja companhia passaria a integrar no ano seguinte. Em 2002 o grande salto: é elevada à categoria de primeira Bailarina.

Alicia Amatriain – Primeira bailarina do Stuttgarter Balé. Espanhola de San Sebastian, estudou na Escola de John Cranko em Stuttgart, onde dançou vários papéis importantes. Em 1998 foi contratada pelo Ballet de Stuttgart como aprendiz. No ano seguinte já integrava o corpo de baile da companhia, sendo promovida a primeira bailarina em 2002.

Laura Morera – Espanhola de Madri, é primeira bailarina do Royal Ballet de Londres. Depois de freqüentar a The Royal Ballet School, ingressou na companhia em 1995, passando a Primeira Solista em 2002.

Natalia Kremen – A jovem Natalia promete ser uma das grandes revelações da dança clássica na Europa, onde tem recebido críticas encorajadoras. Atualmente é artista do English National Ballet.

David Makhateli – Primeiro bailarino do Royal Ballet de Londres desde 2003, o georgiano também se formou na escola da companhia. Colecionador de prêmios, é laureado do Prix Lausanne e do Concurso Internacional de Ballet Diaghilev. Foi premiado ainda no Concurso Internacional de Ballet de Paris. Dançou com o BRB e com o Ballet Nacional de Holanda por toda a Europa, Ásia e Américas, e como primeiro bailarino no Houston Ballet.

Jason Reilly – Primeiro bailarino do Stuttgarter Ballet, é canadense de Toronto, formou-se na Escola Nacional de Balé da cidade. Em 1997 ingressava no Ballet de Stuttgart, onde foi promovido a Primeiro Solista em 2003, tornando-se logo um dos favoritos do público e dos coreógrafos, que criaram diversas peças especialmente para ele.

Ricardo Cervera – Natural de Málaga, é solista do Royal Ballet de Londres, cuja escola cursou antes de ingressar na companhia, em 1993. Em 2002 era promovido a Primeiro Solista.

Programa
“Tchaikovsky Pas de deux”
Coreografia: George Balanchine
Música: Tchaikovsky

“Nocturne”
Coreografia: Lian Scarlett
Música: Chopin

“Gisele” - pas de deux
Coreografia: Jean Coralli, Jules Perrot e Marius Petipa
Música: Adolph Adam

“Ballet 101”
Coreografia e musica: Eric Gauthier

“Coppelia” - Ato 3 - Grand pas de deux
Coreografia Ninette de Valois
Música: Leo Delibes

Intervalo

''A Buenos Aires”
Coreografia: Gustavo Mollajoli
Música: Astor Piazzola

“Romeo and Julieta" - Balcony Pas de deux
Coreografia Leonid Lavrovsky
Música: Sergei Prokofiev

“Les Bourgeois”
Coreografia: Ben Van Cauwenbergh
Música: Jaques Brel

“Le Grand Pas de deux”
Coreografia: Christian Spuck
Música: Gioachino Rossini

“Le Corsaire - pas de Trois”
Coreografia: Marius Petipa
Música: R. Drigo

SERVIÇO
Rio de Janeiro
Local: Theatro Municipal
Data: 18 de agosto
Horário: 20:30h

Vendas: Theatro Municipal
Disque Dell`Arte: 3235-8545 / 2568-8742
http://www.ticketronic.com.br/

Preços:
Frisa e Camarote: R$ 600,00
Balcão Nobre e Platéia: R$ 100,00
Balcão Simples: R$ 70,00
Galeria: R$ 30,00

Brasília
Local: Teatro Nacional Claudio Santoro: Sala Villa Lobos
Data: 21 de agosto
Horário: 21:00hs

Vendas: Teatro Nacional Claudio Santoro: Sala Villa Lobos
Disque Dell´Arte Nacional: 4002-0019 - o custo é de ligação local
Promoção lançamento Disque Dell´Arte Nacional: comprando o ingresso pelo telefone o cliente recebe seu ingresso em casa sem custo adicional.

Preço: R$ 120,00
Meia entrada: Estudante, Clube VIP, Doadores de alimentos (R$ 60,00)

Salvador
Local: Teatro Castro Alves
Data: 22 de agosto
Horário: 21:00

Vendas Teatro Castro Alves: 3117-4899SAC Shopping Barra - 3264.5955/ SAC Shopping Iguatemi - 3450.5922abertura vendas: 07/08

Preços:
Filas A a P: R$ 100,00
Filas Q a Z: R$ 80,00
Filas Z1 a Z11: R$ 60,00

Belo Horizonte
Local: Palácio das Artes
Data: 23 de agosto
Horário: 21:00

Vendas: Palácio das Artes - Informações: (31) 3236-7400
Disque Dell´Arte Nacional: 4002-0019 - o custo é de ligação local
Promoção lançamento Disque Dell´Arte Nacional: comprando o ingresso pelo telefone o cliente recebe seu ingresso em casa sem custo adicional.

Preços:
Platéia I: R$ 100,00
Platéia II: R$ 80,00
Platéia Superior: R$ 70,00

Fortaleza
Local: Teatro José de Alencar
Data: 25 de agosto
Horário: 19h30

Vendas: Rua Liberato Barroso s/n - Praça Jose de Alencar

Preços:
Platéia, Frisas, Camarotes: R$60,00Torrinha: R$30,00

São Paulo
Local: Theatro Municipal
Data: 26 de agosto
Horário: 21:00

Vendas: Theatro Municipal
http://www.ticketmaster.com.br/

Preços:
Setor I: R$ 100,00
Setor II: R$ 80,00
Setor III: R$ 60,00

Censura: 6 anos

quarta-feira, 16 de julho de 2008

26º Festival de Dança de Joinville

A essa hora, milhares de bailarinos de todo o país estão se deliciando com a versão completa do Municipal do Rio de Janeiro para O Lago dos Cisnes, espetáculo escalado para a abertura do maior e mais famoso festival de dança do país!

Nesse meio tempo, damos uma olhada nos grupos clássicos selecionados e fazemos um balanço do que vem por aí. Alguém sabe explicar por que a variação de Diana simplesmente sumiu de Joinville? Há uns cinco anos, só se dançava Diana. Hoje não tem uma bailarina sequer arriscando o passo. Em compensação, o escondidíssimo La Vivandière começa a se popularizar. É bem interessante, porque as variações presentes aí são de muita bateria e agilidade em contraponto aos costumeiros e impressionáveis solos de pernões e mil giros.

Na verdade, com uma olhada geral, a impressão é mesmo de que querem tirar o estigma de que ballet bom é circo. A maioria das variações femininas selecionadas são doces. A moda agora é se vestir de camponesa e dançar algo ao melhor estilo La Fille ou Coppelia. São tantos solos desses que, quem estiver no festival, pode ter a certeza de sair de lá com mais duas ou três peças no repertório de tanto assistir aos outros.

Engraçado como realmente existem fases nas escolhas do festival, não é? Cadê as milhares Esmeraldas que costumavam participar? Só três dessa vez. E Pas classiques? Somente uma. Florines continuam brotando em todo pé. Essa é uma moda que se transformou em tendência. Ninguém abandona o solo para as iniciantes.

Quem vai fazer o público respirar em meio a tantas coreografias já batidas é a a família Almeida. A professora Aracy de Almeida conseguiu encontrar as referências do recém-reconstruído balé O Despertar de Flora e vai apresentá-lo na categoria conjunto avançado. Muita expectativa (e curiosidade para saber como ela conseguiu pegar a coreografia)! Também é o grupo dela que vai dançar o pas-de-deux avançado de Suite en Blanc, balé chiquérrimo e super pouco encenado. Já a Especial Academia de Ballet, do filho Guivalde, traz a novidade de O Oceano e as Pérolas como pas-de-trois. É uma coreografia de 1864, feita por Arthur Saint-León sobre música de Pugni, que está inserida no balé Le petit cheval bossu (mais conhecido por aqui como The Little Hunchbacked Horse).

Confira abaixo a lista dos competidores. Para quem estiver em Joinville, aproveitem por nós!

VARIAÇÃO FEMININACategoria Júnior1. Escola Dançar (ES, Vila Velha)... COPPÉLIA
2. Corpo de Baile do Mvsika! Centro de Estudos (GO,Goiânia)... PAS CLASSIC
3. Studio Dançarte (GO, Goiânia)... A BELA ADORMECIDA
4. Escola de Dança SESIMINAS (MG, BH)... PÁSSARO AZUL
5. Núcleo Balé para Todos (MG,Uberlândia)... PRINCESA FLORINE
6. Juvenil do Conservatório (RJ,RJ) ... AURORA 2º ATO
7. Centro Cultural Vanessa Ballet (SP,Campos do Jordão)... CUPIDO
8. Grupo Juvenil da Escola Municipal de Bailado de Ourinhos (SP,Ourinhos)... FLORINE
9. Ballet Adriana Assaf (SP, SP)... HARLEQUINADE
10. Ballet Márcia Lago (SP,SP)... PÁSSARO AZUL
11. Ballet Paula Firetti (SP, SP)... LA FILLE MAL GARDEÉ
12. Balé Jovem de São Vicente (SP,S.Vicente)... COPPELIA
Categoria Sênior1. Balé Jovem do Centro Cultural Gustav Ritter (GO,Goiânia)... COPPELLIA 3º ATO
2. Harmonia Studio de Dança (MG,BH)... DOM QUIXOTE
3. Ballet Tania Suares (MG,MARIANA)... BODAS DE AURORA
4. Otto Studio Art (PR,CURITIBA)... TALISMÃ
5. Kleine Szene Grupo de Dança (SP,Sto.André)... LE JARDIN ANIMEE-MEDORA
6. Ballet Paula Gasparini (SP, SP)... COPPÉLIA- 3º ATO
7. Especial Academia de Ballet (SP,SP)... ESMERALDA
Categoria Avançada1. Corpo de Baile do Mvsika! Centro de Estudos (GO,Goiânia)... ESMERALDA
2. Studio Dançarte (GO, Goiânia)... GISELLE Iº ATO
3. Escola Juvenil SESIMINAS (MG, BH)... VARIAÇÃO ESMERALDA
4. Grupo Vórtice Cia de Dança (MG,UBERLÂNDIA)... KITRI
5. Núcleo Balé para Todos (MG,Uberlândia)... RAYMONDA
6. Projeto Pré-Profissional do Teato Guaíra (PR,CURITIBA)... KITRI - 1 ATO ENTREE
7. Lyceu Escola de Dança (RJ,RJ)... PAQUITA
8. Ballet Aracy de Almeida (SP,SP)...COPPÉLIA "VALSA DO ATO I"
9. Ballet Márcia Lago (SP,SP)... SATANILLA
10. Cia de Ballet Adriana Assaf (SP,SP)... GISELLE(1º ATO)
11. Malosa Studio de Dança (SP,SP)... PAQUITA 2° VARIAÇÃO

VARIAÇÕES MASCULINAS
Categoria Júnior
1. Corpo de Baile Infantil da Escola de Arte Veiga Valle (GO-Goiânia)... PAS CLASSIC
2. Corpo de Baile Infantil da Escola de Arte Veiga Valle (GO-Goiânia)... LA VIVANDIERE
3. Juvenil do Conservatório (RJ-RJ)... ARLEQUINADE
4. Balé Jovem de São Vicente (SP-São Vicente)... SATANELLA

Categoria Sênior
1. Conservatório Brasileiro de dança (RJ-RJ)... ARLEQUINADE
2. Academia de Ballet Elisa (SP-São Bernardo)... LA FILLE RUSSO

Categoria Avançada
1. Otto Studio Art (PR-Curitiba)... DOM QUIXOTE
2. Cia do Conservatório (RJ-RJ)... LA SYLPHIDE
3. Norton Ramos Fantinel (RS-Porto Alegre)... O CORSARIO
4. Núcleo de Dança Niceleite-Ilara Lopes (SP-SP)... ESMERALDA
5. E.M.B. de Taboão da serra (SP-Taboão da Serra)... TAHOR

PAS de DEUX e GRAND PAS de DEUX
Categoria Júnior
1. Juvenil do Conservatório (RJ-RJ)... O PÁSSARO AZUL
2. Centro Cultural Vanessa Ballet (SP-Campos do Jordão)... COPPÉLIA
3. Ballet Adriana Assaf (SP-SP)... CARNAVAL EM VENEZA
4. Ballet Márcia Lago (SP-SP)... PASSARO AZUL

Categoria Sênior
1. Escola Dançar (ES-Vila Velha)... COPPÉLIA
2. Ballet Tania Suares (MG-Mariana)... CHAMAS DE PARIS
3. Conservatório Brasileiro de dança (RJ-RJ)... ARLEQUINADE
4. Grupo Jovem Cadência (SP-Rio Claro)... COPPÉLIA
5. Academia de Ballet Elisa (SP-São Bernardo)... PAQUITA

Categoria Avançada
1. Grupo Vórtice Cia de Dança (MG-Uberlândia)... A ESCRAVA EO MERCADOR
2. Studio de Dança Aracy de Almeida (SP-Praia Grande)... SUITE IN BLANC
3. Ballet Aracy de Almeida (SP-SP)... PAQUITA

PAS DE TROIS
1. Academia de Ballet Elisa (SP-São Bernardo)... PAQUITA
2. Especial Academia de Ballet (SP-SP)... O OCEANO E AS PÉROLAS

CONJUNTOS DE REPERTÓRIO
Categoria Júnior
1. Juvenil do Conservatório (RJ-RJ)... LA FILLE MAL GARDÉE
2. Ballet Adriana Assaf (SP-SP)... SONHO DE DON QUIXOTE

Categoria Sênior
1. Conservatório Brasileiro de dança (RJ-RJ)... LA VIVANDIERE
2. Grupo Juvenil da Fundação das Artes de São Caetano do Sul (SP-S.Caetano do Sul)... LE JARDIN ANIMÉE

Categoria Avançada
1. Corpo de Baile do Mvsika! Centro de Estudos (GO-Goiânia)... PAQUITA
2. Ballet Aracy de Almeida (SP-SP)... O DESPERTAR DE FLORA
3. Cia de Ballet Adriana Assaf (SP-SP)... GISELLE(2º ATO)
4. Equilibrium Companhia de Dança (SP-SP)... " FADAS " A BELA ADORMECIDA

terça-feira, 15 de julho de 2008

Variação demais!

Você já parou para pensar o motivo de o balé Paquita (1847) ter tantos solos seguidos um atrás do outro? Reparando bem, nenhum outro balé tem tantas variações encarrilhadas assim (tá, A Bela Adormecida tem uma porção, mas é exceção!)

Antes de investigar a razão, é preciso entender a história da construção dessa obra de repertório. A coreografia original de Paquita pertence a Joseph Mazilier (sobre a música de Edouard Delvedez). No entanto, em 1881, Marius Petipa enxertou novos trechos ao ballet utilizando músicas de Minkus. Esses pedaços equivalem justamente à parte mais conhecida, dançada em galas: o Grand Pas-de-deux. A cada remontagem, era comum fazer acréscimos à coreografia.

No entanto, a enxurrada de solos de Paquita nasceu por conta de uma bailarina de personalidade fortíssima. Mathilde Kschessinskaya foi a primeira russa a alcançar os 32 fouettés da italiana Pierina Legnani. Por conta de seu virtuosismo, tornou-se primeira-bailarina absoluta do Ballet Imperial na virada do século XIX para o XX. Um belo dia, Mathilde estava escalada para dançar o Grand Pas de Paquita em uma gala de homenagem à ex-imperatriz russa Catarina, a Grande. Daí que ela teve a idéia de pedir para as suas companheiras bailarinas também participassem, fazendo com que cada uma dançasse a sua variação favorita mesmo se ela pertencesse a outros balés.

Assim começou a tradição de apresentar uma suíte inteira de variações no meio do Grand Pas. É por isso que se vê, por exemplo, gente dançando o cupido de Dom Quixote no meio de Paquita. Coincidentemente, essa coreografia utiliza música de Minkus. No entanto, há outros solos que passam longe tanto da música dele quanto da de Delvedez, já que foram extraídas de balés que não têm nada a ver com a concepção original de Mazilier. Só para ter uma idéia, existe aí música de Nikolai Tcherepnin, Riccardo Drigo, Adolphe Adam e a gente dança tudo isso sem nem ter idéia da origem delas! Essa informação gera curiosidades como a que coloca a origem da variação da própria Paquita na reconstrução de Petipa para La Sylphide (1892) em cima da músiva de Drigo.

O grande barato é que alguns desses solos representam hoje o único vínculo do presente com alguns balés coreografados no século XIX que se perderam no tempo, fazendo dessas peças verdadeiros tesouros históricos. Inclui-se, aí, variações de balés perdidos do próprio Petipa, como Les Aventures de Pélée (1876), La Naïade et le Pêcheur (1892) e La Camargo (1901). As informações são do ex-bailarino e pesquisador Lopez e podem ser encontradas neste site.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Balé Bolshoi apresenta clássico sobre Revolução Francesa


MOSCOU (AFP) — A lâmina da guilhotina se abate com um ruído surdo, a multidão dança freneticamente e avança, ameaçante, enquanto um jovem camponês chora sua bem-amada decapitada, filha do marquês: o Bolshoi retomou um balé soviético sobre a Revolução Francesa (que completa 219 anos nesta segunda-feira), numa versão expurgada de conotações ideológicas.
Intitulado "La Flamme de Paris", A chama de Paris, encenado pela primeira vez em 1932, laureado 15 anos mais tarde com o prêmio Stalin - nome do ditador soviético que o apreciava particularmente -, é também célebre por seu final: uma marcha impressionante na qual os participantes visam a platéia com armas estranhas.
Assim, se este balé glorifica a origem da Revolução e o povo rebelado, esta nova versão é hoje o reflexo de sentimentos ambivalentes sobre o assunto tratado.
O libreto, inspirado no romance de Félix Gras "Les Rouges du Midi", não se atém mais à "história do povo revolucionário derrubando os aristocratas, mas o drama amoroso de pessoas presas no turbilhão dos acontecimentos históricos", explica Alexeï Ratmanski, diretor artístico do Bolshoi e que assina este novo espetáculo.
O cenário deve-se a uma nostalgia da velha cultura do século XVIII, a cargo de Ilia Outkine.
As 300 vestimentas históricas transformam os 140 artistas - toda a trupe do Bolshoi - em camponeses, rebeldes, aristocratas.
Apesar de todas as transformações sofridas pelo libreto, o espetáculo nada perde do dinamismo. As danças do povo revolucionário são tão inflamadas que o assalto ao castelo de Versalhes e o grande incêndio final parecem uma seqüência lógica.
E o drama das jovens vidas ceifadas pela revolução se mistura ao triunfo dos insurgentes.
O Ballet Bolshoi, a Companhia do Grande Teatro Acadêmico para Ópera e Balé de Moscou, teria começado em 1773 quando um grupo de bailarinos - meninos e meninas carentes - freqüentava aulas ministradas num orfanato de Moscou, numa época em que a capital ainda era Leningrado.
A sede atual do Teatro Bolshoi é tombada pela Organização das Nações Unidas como Patrimônio Arquitetônico e Cultural da Humanidade.
No início do século XX, dirigido por A. Gorski (1878 a 1924), o Bolshoi buscava uma nova identidade. Com a capital do país saindo de Leningrado e vindo para Moscou a companhia começa a receber maior incentivo do governo, podendo investir em seus talentos e pagar por aqueles formados pela Escola do Ballet Kirov, que passou a ter o mérito de formadora técnica e estilo impecável, enquanto que o Bolshoi torna-se famoso pela projeção de grandes estrelas, dando vitalidade ao balé russo. (Reprodução AFP)